Filmes dos Irmãos Lumière
Os filmes não tinham som. Apesar de já se terem tentado algumas experiências, o som só chega ao cinema em 1927.
As imagens eram a preto e branco, pois o primeiro filme inteiramente rodado a cores só surge em 1935.
Os figurantes, nos seus primeiros filmes, eram na maior parte das vezes familiares e amigos da família. As instruções dos Lumière eram para que estes quando filmados ignorassem a câmara, no sentido de tornar as situações o mais natural possível.
A tendência puramente realista deve-se à curiosidade puramente científica dos irmãos Lumière. Ambos acreditavam que o cinema não teria futuro. Os seus filmes são caracterizados pela falta de efeitos especiais e pela “vida real e quotidiana” que os circunda”.
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Georges Méliès – “O Mestre dos efeitos especiais”.
“Nos primórdios do cinema, um homem soube explorar melhor que ninguém as possibilidades fantásticas da recém-criada sétima arte. Não foi Thomas Edison nem nenhum dos irmãos Lumière, inventores dos primeiros aparelhos, mas um ilusionista, actor de teatro e realizador francês: Georges Méliès. A ele devemos, entre outras coisas, os efeitos especiais.
Fundou uma companhia cinematográfica, a Star-Films, e montou estúdios de gravação equipados com uma série de funcionalidades, como iluminação (natural e artificial), cenários amovíveis, camarins e instalações para os actores, zona técnica, etc. Foi aqui que desenvolveu tudo aquilo que se viria a tornar a sua imagem de marca e futura linguagem do cinema, combinando artes teatrais, tecnologia e efeitos especiais. Alguns dos modernos processos de montagem nasceram nestes estúdios, como o corte, a paragem da câmara, o stop-motion, a sobreposição de imagens, as transições por dissolução (fade-in, fade-out), a manipulação gráfica da imagem, a utilização de ilusões de óptica e muitos mais.
O filme que o celebrizou foi uma obra excepcionalmente longa para a época, com 14 minutos: Viagem à Lua (Le voyage dans la Lune), de 1902, baseado num romance de outro visionário seu conterrâneo, Jules Verne. A imagem fantástica do foguetão a atingir um olho da lua viria a tornar-se um dos grandes ícones visuais do século XX. Todos os seus filmes possuíam uma enorme dose de magia, fantasia e deslumbramento que Méliès tinha aprendido na sua primeira profissão de ilusionista e prestidigitador e os complexos efeitos especiais, que tão bem sabia usar, eram o meio de que se servia para nos encantar. O fantástico e a magia, essências da obra de Méliès, são afinal as coisas essenciais de que é feito o cinema”.
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Nanook o Homem do Norte” de Robert Flaherty
“Realizado em 1922, o filme se estabelece em um período especialmente fértil da era do cinema mudo, uma época em que este – se me permitem a rudeza – formato de exibição e produção caminhava para um apogeu impressionante de sofisticação artística. A década de 20 é o período em que o cinema mudo explode em diversidades e caminhos, onde, se de um lado vive-se um período de vanguardas e experimentações com a potencialidade sugestiva e representacional da imagem cinematográfica, do outro, delineia-se, bastante conscientemente, uma forma de exposição calcada no ato narrativo. Uma das grandes questões que começam a aflorar é a possibilidade de se trabalhar um filme somente a partir da potencia de sua imagens, eliminando de vez a questão dos letreiros (ver a Ultima Gargalhada, de 1924, de F.W Murnau). Flaherty, por outro lado, encontra-se diante de uma possibilidade única de construção fílmica: ao se deparar com os esquimós, deve buscar uma forma que dê vazão ao ritmo do cotidiano de seus habitantes, ao mesmo tempo em que construa claramente um arco narrativo organizado, claro e expositivo”.
Thiago Brito
Revista Cinética
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